Tupi 3 x 0 Uberlândia.
Neste domingo, estive entre os 500 felizes torcedores que estiveram no estádio para testemunhar uma bela vitória do Tupi. O que eu vi, depois de 90 minutos bem jogados, foram sorrisos que soavam mais como um alívio e uma esperança renascendo.
Tudo melhorou. A postura do time, o entrosamento em campo, a qualidade técnica dos jogadores. Com posições e funções bem definidas, o Tupi conseguiu se articular para chegar ao ataque, desarmar as jogadas e investidas do adversário. O Uberlândia não é um time fraco, a comprovar pelas perigosas jogadas de bola parada, contra-ataques rápidos e a defesa fechada. O que eles não contavam eram com um Tupi tão bem armado, que obrigou o técnico Ney da Matta a colocar três zagueiros e jogar todo recuado.
Alguns jogadores surpreenderam. Junior Negão apertou na marcação, correu muito, deu bons passes, se comunicou muito bem com Allan e Pachola e até conseguiu marcar o seu. Nesse esquema, Marlon, que não vinha com uma boa atuação, também se apresentou e marcou o primeiro do jogo, seguido pelo atacante Adriano, que finalmente balançou as redes com a camisa do Tupi.
Mas o melhor do jogo foi o clima do time. Os jogadores comemoraram entre si, foram até a torcida, comemoraram o aniversário de João Junior, com uma amizade que até então não existia nos jogos anteriores. Sem questionar a competência dos treinadores, parece que o técnico Moacir Junior apareceu como uma voz sensata, que ao invés de reclamar da falta de recursos e justificar “estamos fazendo o possível”, resolveu cobrar e tirar dos atletas o que eles têm de melhor. E conseguiu.
Parabéns a todos. Ao time do Tupi, que mereceu os aplausos de ontem, no estádio. À torcida, que merecia (há tempos) ver um bom futebol. À arbitragem, que apitou muito bem a partida.
Vamos manter o ritmo, pois a guerra ainda não está ganha. Temos ainda pela frente cinco jogos, três deles muito difíceis, fora de casa. Eu confio na raça Carijó.
Vivine Miranda