quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Tupi, uma história além dos gramados

O Tupi comemora, este ano, seus 95 anos de atuação nos gramados. Por trás de toda essa trajetória, existem milhares de personagens que ajudaram a construir a história do Galo Carijó. É o caso de dona Filomena Taveira de Almeida*. Na década de 70, ela foi responsável por lavar os uniformes, toalhas, meias e até caneleiras do time. Hoje, aos 71 anos, ela é uma das memórias vivas do Tupi Foot Ball Club.

Nascida em Rio Casca, Minas Gerais, Dona Filomena veio para Juiz de Fora, juntamente com seu marido, em 1966. Segundo ela, a cidade de origem não oferecia boas condições de emprego, motivo real da mudança. Por volta de 1973, um anúncio no jornal comunicava a necessidade de uma lavadeira para cuidar da limpeza dos uniformes da equipe do Tupi. Dona Filomena foi até a sede do clube e no mesmo dia já chegou em casa com roupas para lavar. “Eram 200 toalhas e os calções chegavam todos manchados de verde. Eu nem agüentava trazer as tolhas, porque estavam sempre sujas e molhadas. A diretoria pagava um táxi para me trazer até em casa. Lavava roupa todos os dias”, conta dona Filomena, sobre a rotina de seu trabalho.

Com brilho nos olhos, dona Filomena fala sobre suas recordações deste período. “Seu Luis (membro da diretoria do clube na época) destacava o fato de eu ser a única lavadeira que nunca extraviou nenhuma peça de roupa. Nunca sumiu nem uma meia comigo, sempre fui muito responsável com meu trabalho”, ressalta. “O emprego no Tupi me ajudou muito. Naquele tempo, trabalhava para cerca de quatorze famílias. Com o salário, paguei prestações de minha casa, comprei móveis e garanti a educação de meus quatro filhos”, comenta.

Quando questionada sobre detalhes da atuação da equipe naquela época, ela afirma nunca ter sido muito torcedora de futebol, mas, mesmo antes de trabalhar para o time, já possuía um vínculo de amor com ele. Ela destaca que estava constantemente atualizada sobre a atuação do Carijó. “Sempre perguntava ao Seu Luis como foram os últimos jogos e quais os resultados”, relembra. Hoje em dia, ela não deixa de escutar uma narração dos jogos pelo rádio. “Ás vezes, não posso escutar a transmissão porque estou na igreja. Mas tenho um vizinho que quando nota que cheguei em casa telefona para me dizer como foi o jogo. ‘Olha Dona Filomena, o Tupi ganhou’, ele diz. Fico muito feliz quando Tupi faz um gol. Quando a gente torce para um time, temos que ter bastante vibração”, conta.

Dona Filomena tem, na ponta da língua, a explicação para o amor de quem vive em Juiz de Fora pelo clube. “O Tupi é filho desta cidade. Desde quando vim para cá, as pessoas falam nele. Todo juizdeforano gosta muito do time”, enfatiza.

*A história de dona Filomena chegou até nós por meio da nossa página no Orkut. Seu filho, Célio de Almeida, nos comunicou sobre a relação de sua mãe com o time. Em seguida, entramos em contato com ela e fizemos a entrevista que gerou esta matéria. Se você possui uma história interessante como esta, relacionada ao Tupi, envie para nós. O nosso e-mail é tupifc@gmail.com e nosso orkut é Assessoria do Tupi.

2 comentários:

Poemas assim! disse...

Célio, parabéns pela mãe que é sua. A historia emociona e nos diz respeito, temos orgulho de sermos carijó.
Um grande abraço a todos da sua família.

Nel

Unknown disse...

A Carijovem (Nova torcida organizada)
Apoia o Tupi que segue no campeonato mineiro invicto.!
Conte com agente!!